Procedimento endoscópico é alternativa moderna para quem sofre com refluxo crônico e não quer cirurgia tradicional
Sentir queimação constante, azia depois de qualquer refeição, engasgos noturnos ou a sensação de que o ácido está sempre voltando: viver com refluxo gastroesofágico crônico pode ser desgastante. Para muitas pessoas, os medicamentos já não são suficientes para controlar os sintomas, e a ideia de uma cirurgia invasiva assusta.
A boa notícia é que a medicina evoluiu. E um dos avanços mais importantes no tratamento do refluxo é o procedimento conhecido como TIF (Transoral Incisionless Fundoplication), uma solução minimamente invasiva, realizada por endoscopia, indicada para quem convive com refluxo crônico e quer qualidade de vida sem cortes e com rápida recuperação.
O que é a TIF e como ela funciona?
A TIF é uma técnica moderna que reconstrói a válvula “antirrefluxo” (a junção entre o esôfago e o estômago), com o objetivo de impedir o retorno do conteúdo ácido ao esôfago. Tudo isso é feito pela boca, com auxílio de endoscopia e sem a necessidade de incisões externas.
O procedimento dura cerca de 60 minutos, é feito sob anestesia e, na maioria dos casos, o paciente tem alta no dia seguinte. A TIF corrige a causa do refluxo, e não apenas os sintomas, de forma menos agressiva que a cirurgia convencional (fundoplicatura laparoscópica), preservando a anatomia natural do corpo e com menor risco de efeitos colaterais, como gases e dificuldade de engolir.
Quando a TIF é indicada?
A TIF é recomendada principalmente para pacientes com:
- Refluxo gastroesofágico crônico que não respondem bem ao tratamento medicamentoso;
- Sintomas persistentes mesmo com o uso prolongado de inibidores de bomba de prótons (como omeprazol);
- Contraindicação ou desejo de evitar cirurgias invasivas;
- Hérnias de hiato pequenas (geralmente menores que 2 cm).
Para esses pacientes, a TIF representa uma alternativa segura e eficaz, com vantagens como ausência de cortes, recuperação rápida, preservação da anatomia natural, redução dos sintomas em até 90% dos casos e menor risco de efeitos colaterais gastrointestinais comuns em cirurgias tradicionais.
Se o refluxo tem controlado sua rotina, talvez seja hora de considerar uma solução definitiva.
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