Na próxima segunda-feira, dia 14, é celebrado o Dia Mundial da Diabetes. Por isso, este é o tema da minha coluna nesta semana. O diabetes é uma doença crônica, grave e silenciosa. É importante que você vá a consultas regulares com o seu médico, faça exames preventivos e, se diagnosticado o problema, siga o tratamento à risca.
Dados da 10ª edição do Atlas de Diabetes da International Diabetes Federation (IDF) revelam que 537 milhões de adultos em todo o mundo vivem com a doença, causada quando o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. Sua principal característica são as altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia), de forma permanente.
Há vários tipos de diabetes: a tipo 1, causada pela destruição das células que produzem insulina e responsável por 5% a 10% dos casos. O tipo 2, que é uma resistência à insulina e deficiência de sua secreção, é o mais comum, responsável por 90% dos casos. Nós ainda temos o diabetes gestacional, diagnosticado pela primeira vez na gestação, mas que pode persistir após o parto, e outros tipos causados por defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos.
Vou focar aqui no tipo 2, que é o mais recorrente. Seus principais sintomas são dificuldade para cicatrização de feridas, visão embaçada, infecções frequentes, formação de furúnculos e formigamento nos pés. O diabetes descontrolado, por tempo prolongado, pode causar insuficiência renal, cegueira, ataque cardíaco, amputação de membros inferiores e acidente vascular cerebral.
A melhor forma de prevenir e tratar o diabetes é mantendo hábitos de vida saudáveis: alimentação balanceada, prática de atividade física e não fumar. Em muitos casos, também são utilizados medicamentos.
A cirurgia metabólica, que é como a cirurgia bariátrica, mas tem esse nome porque sua finalidade é tratar o diabetes (e não perder peso), também tem se mostrado muito eficiente no combate à doença. Ela pode ser feita em pacientes com IMC (Índice de Massa Corpórea) a partir de 30.
Além do IMC, o paciente precisa comprovar a falta de resposta ao tratamento clínico para o diabetes com endocrinologista e ter idade entre 30 e 70 anos. Também é preciso ter menos de dez anos de diagnóstico de diabetes porque o pâncreas está mais preservado e os benefícios da cirurgia são maiores. Ainda é preciso seguir todas as outras regras internacionais exigidas para a cirurgia bariátrica, como acompanhamento de uma equipe multiprofissional.
Artigo por Dr. Admar Concon Filho
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