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Pessoas acima dos 60 anos podem realizar Cirurgia Bariátrica?

Essa é uma das dúvidas frequentes sobre a Cirurgia Bariátrica – “Tenho mais de 60 anos. Posso operar? ”  E a resposta é sim. No entanto, a indicação da cirurgia bariátrica ou metabólica para pacientes com mais de 60 anos deve ser avaliada com alguns critérios diferenciados, segundo a Sociedade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM que realizou no dia 10 de abril uma transmissão online sobre esse tema. .

Durante a transmissão online foi explicado que na verdade não existe um limite de idade para a cirurgia bariátrica, o que deve existir é uma avaliação mais criteriosa com pacientes dessa idade., por ser uma fase “a partir da qual o número de doenças começa a aumentar com frequência, começa um certo grau do que chamamos de declínio funcional. Para qualquer tipo de procedimento cirúrgico, o critério deve ser maior”, explicou Denis Pajeck, um dos participantes da live.

Nos últimos dez anos,  o limite de idade para a cirurgia bariátrica vem aumentando, de acordo com a expectativa de vida dos pacientes e o número de casos de obesidade, segundo os médicos participantes da transmissão.

Critérios para indicação

Os critérios cirúrgicos para indicação de tratamento da obesidade foram criados em 1991, pelo Instituto Nacional de Saúde norte americano (NIH). Foi estabelecida a idade de 65 anos como limite para que um paciente possa passar por uma cirurgia bariátrica. No entanto, fica a critério de cada cirurgião ou equipe a possibilidade de avaliar individualmente pacientes mais velhos, considerando a relação risco/benefício de cada caso. No Brasil os critérios adotados são os mesmos. As regras brasileiras adotadas pelo Ministério da Saúde e Conselho Regional de Medicina consistem na avaliação individual de pacientes com idade superior a 65 anos. “Os resultados em termos de perda de peso, solução de doenças associadas e índice de complicações são semelhantes aos da população mais jovem”, afirma Denis Pajecki.

Avaliação deve ser mais rigorosa

O que difere no paciente  acima de 60 anos é que a avaliação pré-operatória em pessoas acima de 60 anos é que deve ser mais rigorosa, levando em consideração o risco/beneficio, o método cirúrgico mais apropriado e os resultados de uma avaliação funcional utilizada especificamente pela geriatria e gerontologia.

“O quanto a perda de peso pode contribuir para a melhoria dos aspectos funcionais deve ser considerada na indicação ou não da cirurgia bariátrica no idoso”, ressalta Marçal Rossi “O fato concreto é que cada vez mais pacientes acima de 65 anos, com obesidade severa, estão buscando o tratamento cirúrgico”, reforça.

Doenças associadas

É comum que os pacientes com mais idade tenham as doenças associadas – como hipertensão arterial e diabetes – por mais tempo e a cirurgia contribui para a remissão destas doenças “No entanto, é preciso saber se o longo período convivendo com estas doenças não causou lesões no organismo. Por isso, precisamos da avaliação criteriosa dos especialistas de cada área. É necessário avaliar a relação risco/benefício e, para viabilizar a cirurgia, ter mais benefícios do que risco”, alertou Felipe Koleski.

A avaliação da qualidade óssea também é necessária, principalmente em mulheres. Geralmente é solicitado o exame de densitometria óssea.

 

Técnicas cirúrgicas

Segundo Denis, as técnicas cirúrgicas escolhidas devem ser as que apresentam o mínimo de redução na capacidade de absorção dos alimentos, lembrando sempre que a ingestão de proteínas e de vitaminas é indicada para todos os pacientes bariátricos.

“Para os pacientes mais velhos, as cirurgias mais realizadas em todo o mundo – como bypass gástrico e o sleeve – tendem a ter os mesmos resultados se comparado aos observados na população mais jovem”.

A perda de peso esperada nessa faixa etária é menor do que para os pacientes mais jovens, considerando-se satisfatória a redução de 25% do peso. O resultado da operação deve ser associado a redução das comorbidades.

A obesidade é uma doença crônica e incurável, que precisa ser controlada permanentemente.

 

Fonte: 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica 

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