Todos nós comemos influenciados por emoções, mas quando isso é um problema?
Uma grande parte dos pacientes que realiza a cirurgia bariátrica, relata ser, em algum grau, um comedor emocional, ou seja, percebe que as emoções influenciam bastante a quantidade (antes da cirurgia) ou a qualidade da alimentação (busca por carboidratos, doces, fast food, comfort foods).
Um dos pensamentos que mais surge ao se trabalhar o desafio do comer emocional no processo da reeducação alimentar pós-operatória é: “não posso mais deixar que nenhuma emoção influencie minhas escolhas alimentares”.
Mas na prática não é bem assim que acontece.
As emoções influenciam sim aquilo que decidimos comer, assim como nossas preferências, cultura, ambiente em que estamos etc. Destaco que todos nós somos em algum grau comedores emocionais.
O que se deve evitar que aconteça é a tentativa de lidar com as emoções utilizando a comida como única fonte de prazer imediata. Ou seja, a fuga daquela sensação utilizando a comida como “refúgio”.
Nesses momentos, pode ser que comecemos a comer sem fome, e, por já estamos saciados no início da refeição, não seja possível perceber o momento ideal para terminá-la, o que pode levar ao exagero alimentar, especialmente de alimentos muito palatáveis, ricos em gordura e açúcar.
No caso do bariátrico, o comportamento “beliscador” pode estar muito presente nesses momentos, principalmente de alimentos que “esmigalham” e cabem em maior quantidade no estômago. Como biscoito de polvilho, torrada, amendoim, paçoca etc. Outra situação frequente, é o excesso da frequência do consumo de carboidratos, fazendo com que a dieta seja reduzida em proteínas.
Se você sente que utiliza a comida como forma de lidar com as emoções, procure acompanhamento multidisciplinar para te ajudar.
Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571
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